Esgotamento profissional

na área da saúde

De acordo com o Ministério da Saúde, entende-se como Síndrome de Burnout (SB) um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), cita que o Burnout é um estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso e desde janeiro deste ano, incluiu o Burnout na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11).

No Brasil, 72% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho sofrem alguma sequela ocasionada pelo estresse. Desse total, 32% padecem de burnout e destes, 92% continuaram trabalhando mesmo doentes, segundo pesquisa da Isma-BR (representante da International Stress Management Association). Desse modo, conforme os estudos, essa síndrome é mais comum em profissionais que têm como atribuição o contato direto e constante com outras pessoas e pacientes, trabalhadores que presenciam frequentemente sofrimento, morte e luto. Nessa categoria destacam-se profissionais da área de saúde, da segurança pública (policiais e bombeiros militares), professores, psicólogos, assistentes sociais, dentre outras categorias.

 

Há uma propensão dos profissionais de saúde em desenvolvê-la, sendo frequentemente identificada em médicos de diferentes especialidades (25 a 60%), médicos residentes (7 a 76%) e enfermeiros (10 a 70%). De acordo com pesquisa disponibilizada pelo G1, 79% dos médicos apresentam sintomas relacionados à síndrome, seguidos por 74% dos enfermeiros e 64% dos técnicos de enfermagem.

 

Dentre as variáveis, que podem desencadear a síndrome, estar na linha de frente (independente das condições de trabalho), sobrecarga e acúmulo de trabalho, privação do sono, a ineficiência, a baixa autonomia, a relação prejudicada entre trabalho e vida pessoal e a área de atuação, podem ser as principais causas.

O que é possível fazer para prevenir a Síndrome de Burnout?

O Ministério da Saúde (2001) indica como tratamento da SB o acompanhamento psicoterápico, farmacológico e intervenções psicossociais (Organização Mundial da Saúde [OMS], 2019). Contudo, intervenções individuais, organizacionais e combinadas podem ser realizadas visando sua prevenção através da diminuição do estresse ocupacional (Figura 2).

Fonte: PERNICIOTTI, Patrícia et al . Síndrome de Burnout nos profissionais de saúde: atualização sobre definições, fatores de risco e estratégias de prevenção. Rev. SBPH,  São Paulo ,  v. 23, n. 1, p. 35-52, jun.  2020. 

Além disso:

  • Fazer atividades prazerosas e de relaxamento;
  • Praticar atividades físicas;
  • Alimentação balanceada;
  • Melhorar a qualidade do sono;
  • Conviver mais com amigos e familiares.

Lembre-se de que é fundamental manter o equilíbrio entre o trabalho, o lazer, a vida social, a família e as atividades físicas.

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